Prótese Peniana
Como acontece a Ereção Masculina?
O pênis é composto por três estruturas cilíndricas e paralelas ao seu maior eixo: um corpo esponjoso que envolve a uretra na face ventral peniana e que termina na glande; e outros dois cilindros simétricos e dorsais chamados corpos cavernosos.
Os corpos cavernosos recebem uma artéria cavernosa cada um, e têm uma estrutura trabeculada, como se fossem uma esponja.
Quando ocorre a estimulação genital e aumento do desejo ou excitação sexual, os nervos cavernosos estimulam o relaxamento da musculatura dos corpos cavernosos. Esse relaxamento muscular, permite a entrada de sangue para dentro dos cilindros cavernosos, com dilatação das artérias cavernosas e aumento do fluxo sanguíneo (tumescência).
O aumento da pressão intracavernosa causado pelo preenchimento dos cilindros por sangue, leva à compressão das veias subtúnicas, com "aprisionamento" do sangue no pênis e consequentemente a uma ereção sustentada (também chamado mecanismo veno-oclusivo).
Após a ejaculação e o orgasmo, os nervos cavernosos estimulam a contração muscular e a saída do sangue do pênis para o organismo, causando a redução e perda progressiva da ereção (ou detumescência), até o pênis atingir seu estado flácido.
Inúmeros fatores podem alterar o funcionamento do mecanismo de ereção peniana que resulta da interação de todos esses fatores.
- Fatores físicos: circulação sanguínea prejudicada (colesterol, aterosclerose), alteração de mecanismos neurológicos (diabetes, cirurgia de próstata, radioterapia), uso de medicações, traumatismos genitais, etc.
- Fatores psicológicos: ansiedade, depressão e estresse.
- Fatores externos: trabalho, preocupação financeira, relacionamento com o(a) parceiro(a), fatores sócio-culturais, etc.
Há diversas formas para o tratamento da disfunção erétil. Um diagnóstico correto das causas por trás da disfunção erétil, poderá indicar o melhor tratamento para cada paciente. O tratamento pode ser medicamentoso, Terapia Sexual ou mesmo o tratamento cirúrgico.
Quando a prótese é indicada?
A cirurgia para colocação de prótese peniana é indicada nos casos mais graves de disfunção erétil. Geralmente, são pacientes que já usaram medicações orais e não obtiveram resultados satisfatórios ou não toleraram os efeitos colaterais dos remédios. E aqueles que não se adaptaram ao uso de medicações auto-injetáveis - seja por não obterem resultados satisfatórios ou por não aderência ao método.
Recomendamos que todo paciente candidato à cirurgia de colocação de prótese peniana realize estudo de imagem, através da ultrassonografia com Doppler do pênis com teste de ereção fámaco-induzida. Através desse exame - e desde que realizado por médico qualificado, experiente em Medicina Sexual, com técnica adequada e medicações em doses apropriadas - será possível definir se de fato há necessidade do tratamento cirúrgico com a prótese peniana.
Na prática, os casos mais comuns de disfunção erétil tratados com a prótese peniana normalmente envolvem sequelas de diabetes, hipertensão arterial de difícil controle, doenças cardiovasculares, lesão dos nervos da ereção após cirurgia ou radioterapia para tratamento do câncer de próstata ou de bexiga, fibrose de corpo cavernoso após priapismo, pacientes com paralisia das pernas, principalmente após trauma medular e alguns casos de doença de Peyronie.
Existem basicamente dois tipos de prótese peniana. Conheça mais detalhes no quadro abaixo:
Como é a cirurgia?
A cirurgia é sempre realizada em hospital com anestesia geral ou raquidiana.
Por se tratar de um equipamento muito sofisticado, de custo elevado, procure sempre um urologista especialista em Medicina Sexual e que seja um cirurgião experiente no implante de próteses penianas.
A duração da cirurgia é de 90 a 120 minutos. E o tempo de internação é de 1 a 2 dias. O tipo de incisão depende do modelo de prótese a ser implantado. No casos das prótese semirígidas ou articuladas, uma única incisão de 2-3 cm na transição peno-escrotal é suficiente para a colocação da prótese.
Após a cirurgia, a atividade sexual poderá ser retomada cerca de 45 dias contados da alta hospitalar.